sábado, 23 de fevereiro de 2013

Luto Eterno!

Acabei de chegar de Belo Horizonte. Fui fazer meu  controle oncológico, e  que agora será  de 3 em 3 messes. Meu remédios quimioterápico oral acabam semana que vem, e tudo fica cada vez mais normal, eu já tenho a minha vida de volta assim como meu pai me prometeu logo que começamos essa luta.
Toda vez que vou nesse controle em BH pergunto sobre todos os que conheci, na mesma luta.  A  Lorraine, o Bruno,  a Gabi,  a Dara - http://www.avidaebarbaraa.blogspot.com.br/2011/02/nao-estamos-sozinhos.html).
A Lorraine já passou na faculdade, e como eu e o Bruno só vamos  em BH para controle, e já a alguns meses perdi a coragem de perguntar da Gabi. A última notícia que tive foi do inicio do ano passado, e  que o tumor pela terceira vez tinha voltado, e dessa vez no estômago. Ela enfrentava mais um tratamento quimioterápico, mas saber disso de certa forma não me deixou tão triste, porque a Gabi tinha uma força de vontade, uma determinação, uma confiança que eu diria de olhos fechados que ela conseguiria enfrentar o mundo e sempre venceria. Há algum tempo já estava atrás de noticias dela e até com certo medo de perguntar minha a médica, Dra. Karine, mas eu tinha certeza que a notícia ia ser boa que ela teria vencido. E talvez ela tenha vencido mais do que qualquer um de nós, talvez esse mundo de tantos defeitos e problemas seja muito pouco pra ela. No ano passado a Gabi faleceu, o tumor se alastrou e não tinha mais um tratamento que pudesse ajuda-la, como relata minha médica. E ela se despediu desfilando em grande estilo no carnaval do ano passado. Mas saber disso mexeu muito comigo, daquele momento em diante fiquei me perguntando. Qual o critério pra isso? Por quê?  Pôxa, ela teve a mesma coisa que eu, e eu estou aqui bem, saudável, e tenho certeza que não é por questão de merecimento, pois se fosse ela teria muito mais motivos pra estar aqui. Pensar em um critério ou em um porque se torna quase uma tortura, quantos dariam a vida pra ter ido no lugar dela, inclusive eu. Mas prefiro acreditar que, como eu disse, ela poderia vencer o mundo. E pode, e foi. Foi vencer algo que nem nós entendemos, ela já superou tudo que tinha pra superar aqui, ela é superior a esse mundo de hipocrisia, falsidade e ódio. Ela foi fazer a diferença lá.  

O que dói é pensar em saudade, contar o tempo através do nosso reduzido olhar. Vai Gabi! Estrela é estrela, e não é desse mundo.