No meio da semana, a saudade que eu tinha de casa, fez meu pai me levar
para Montes Claros. Adorei o modo como
fui recebida. A Rosa, a moça que
trabalha na minha casa, me paparicou até, fez sopinhas, e um monte de comidas
que eu adoro. Reví a Bruninha, isso foi das coisas mais importantes. No dia 3 de
novembro eu teria outra consulta com a Dra.Karine em BH, e a próxima quimio ficou marcada para o dia 7,
um domingo. Dessa vez era uma outra
medicação, um remédio chamado Metotrexato, e que diziam ser mais fraco. As
quimioterapias seriam intercaladas entre esses dois remédios: Cisplatina e
Metotrexato. Nomes imponentes, não? Um protocolo de tratamento com 16 ciclos de
quimioterapia. Esse é o número 2.
Essa internação e as próximas serão feitas no Hospital da Baleia,
recomendado pela médica, por estar situado num lugar mais afastado, muito
tranquilo, e que seria melhor para minha recuperação. Lá fomos nós, Hospital da
Baleia. Sem meu pai (Meu daddy). Ele não
podia estar presente, já que tinha muito trabalho acumulado em Montes Claros. Para compensar, além da Mamãe, foram meus tios (Tio Marlindo, Tia Dária, Dinda (Tia
Sandra), e Tia Tetê e o Tio Calique. Houve um problema na recepção, sobre a
liberação do apartamento para eu ficar. Enquanto isso se resolvia meu Tio
Marlindo e eu passeávamos de cadeira de rodas. Quando liberaram um apartamento,
subimos todos, e as enfermeiras eram bem simpáticas, mas aquele hospital que parecia
um sanatório me deixou um pouco assustada. Comecei a hidratação com soro nesta
mesma noite e na segunda-feira começou a
quimio, e foi mesmo bem mais tranquilo em relação a outra (Cisplatina), que
Dinda chama de “A brava”. No final da semana eu estava me sentindo muito bem, só que para
receber alta não dependia de como eu estava me sentindo, ou seja, “doida” pra
ir embora, mas do exame de sangue, que eu fazia todos, os dias após a quimio,
até que o nível do remédio no meu sangue ficasse bem baixo. Aí então...
fériaaaas!
Minha acompanhante constante, claro, é a minha mãe. Durante
essas internações, a tarde geralmente são revezadas entre Minha Tias Dária e
Tetê. Tia Tetê sempre trás todas as revistas de adolescentes e joguinhos para
ajudar o tempo a passar. Aliás, ela apanha bastante de mim nesses joguinhos
(mas, um dia ela supera). Outra mordomia é a comida que tantas vezes trazem ,de
fora, pra mim. A comida do hospital não me atrai nem um pouco. Deve ser o
clima. Minha alta saiu afinal, mas só na sexta-feira. Cheguei na casa da Tia
Dária bem fraca, mas bem melhor do que da última vez. E no sábado meu pai veio
me visitar. Mais uma batalha vencida.
http://blog.araujo.com.br/2010/12/agenda-2011/
"Mais uma a menos",linda!
ResponderExcluirQuanto às nossas partidas, vou começar a filmá-las prá que não sobrem dúvidas sobre quem apanha...hehehe.
Te amo!Tia Tetê
Oi Bárbara,
ResponderExcluirSou teu mais novo seguidor e também tive osteossarcoma, mas o meu era no fêmur.
Também faço aniversário em setembro e descobri meu tumor dois dias antes do meu aniversário em 2009. Tenho uma boa noção do que passaste.
A vida às vezes nos prega essas peças e precisamos ter força e coragem para reagir.
Não sei se já viste meu blog ou se sabes da minha história, mas estou há um ano e meio fazendo tratamento contra o osteossarcoma e domingo que vem serei internado para a última quimioterapia, a 18ª.
É óbvio que uma doença dessas não pode ser considerada um presente, mas acredito que hoje sou uma pessoa melhor, mais maduro, mais humano e satisfeito por ter a oportunidade de ver nascer um novo dia, brilhar novos sorrisos, novas vidas tomarem forma, enfim viver melhor e mais intensamente o tempo extra que recebi.
Desejo sucesso, luz e força na tua caminhada.
O caminho não é fácil, mas vais vencer como tantos outros exemplos que temos de vitória.
Um grande abraço do teu mais novo seguidor.
Vitor Geraldo Finkler
http://diariodeumosteossarcoma.blogspot.com/
Pode cpnfessar Tia Tetê, ninguém vai te zuar só porque perde tooooodas as partidas HAHAHA'
ResponderExcluirTe amo <3
Oi Vitor, com certeza iremos vencer essa fase, que nos ensinou tanta coisa, como é importante cada dia, cada momento, cada respiração e por mais que não seja uma fase boa, talvez precisariamos dela para crescer e amadurecer, para entendermos um pouco mais o sentido da vida. Boa sorte na sua última quimioterapia, você ja é um grande vencedor. Obrigada e um super beijo!
ResponderExcluirFilhinha, tô adorando a limonada que você tem feito, deste saco de limões.
ResponderExcluirContinue...
Papai
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ResponderExcluirMinha doce e talentosa poetisa, não sabia que estava em tratamento... Bem sei, como é difícil essa estrada que se abriu para você... Já tive muitos conhecidos que fizeram quimio e outros tratamentos para câncer.
Desejo de coração, que você pise com passos firmes essa estrada e não esqueça... Todas as estradas tem um fim. Quando chegar lá, haverá um imenso sol, brilhando especialmente para você!
Estará sempre em minhas orações...
Beijos de luz e o meu imenso carinho!!!
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Minha cara Zélia,
ResponderExcluirSou uma coadjuvante na luta da Bárbara, minha sobrinha e afilhada. A luta é dela, e resta-nos estar ao lado, testemuhando a beleza e a força dessa nossa menina. Pois é... a vida é Bárbara!
Obrigada pela presença.
Beijos,
Sandra.
Daaddy lindo obrigada pela força e pelo apoio, você é o melhor pai do mundo!
ResponderExcluirZélia obrigada pelas orações e Dinda com você ao meu lado tudo se torna mais fácil, obrigada.
Para onde vais andorinha
ResponderExcluirDe asa ao vento assim cansada?
Vais para longe, vens de longe
Sempre em busca da alvorada
Que te acolha e te sossegue
Esse quebradiço voar
Num golpe de asa sem fim
Que vem lá de lá do mar.
Se eu pudesse mãe coragem
Substituía-me às monções
Fazia-te um ninho no meu peito
Que te abrigasse todas as estações
Esse seu "Daddy" é um fofo mesmo! não é o cara?
ResponderExcluirÉ!
Amo muitoooo!
Bjs,
Dinda.
AAAAAAAAAAAAAAAAA que lindooo *-*
ResponderExcluirameeei o poema, muito lindo, obriga mesmo, aaaamei!